segunda-feira, 1 de abril de 2013

[Crítica] G.I. JOE 2: Retaliação


Muitos já se foi reclamado e gritado sobre o adiamento da continuação de G.I. JOE 2 - filme que dá continuidade à uma série baseada em brinquedos. O motivo, claro, foi estritamente comercial, longe de artístico. Só isso, além do pobre primeiro filme, indicavam que Retaliação seria mais uma bomba facilmente esquecível, como Os Vingadores (chupa!).

Mas eu, como cinéfilo, procuro manter minha cabeça longe de preconceitos quando entro em uma sala; não, não digo aquela besteira de "desligue seu cérebro", mas sim de entrar no clima, disposto (com o senso crítico ligado, claro) a compreender a proposta que cada filme tem (são diversas, então sem egocentrismo). Isso é uma arte muito bem vinda que se chama: não elitizar. Pois é, acho que os espertinhos que saem fazendo comentários preconceituosos contra o Cinema de ação/Hollywood não pensam nisso. Uma pena, porque perderam, surpreendentemente, um filmão. 

Sinopse: Um acordo entre as grandes potências define a redução das ogivas nucleares no mundo todo, mas os Estados Unidos, comandados pela organização Cobra, desconsideram o acerto e dão ínicio a um plano de proporções alarmantes. Enquanto isso, seguindo as ordens do presidente americano (Jonathan Pryce), o esquadrão de elite G.I. Joe é acusado de traição e, após ser atacado brutalmente, tem vários de seus integrantes mortos em combate. Agora, os poucos que sobreviveram vão contar com a ajuda do criador dos G.I. Joe, Joe Colton (Bruce Willis), para, liderados por Roadblock (Dwayne Johnson), revidar o ataque em grande estilo.

Já se mostrando ousado logo no inicio quando mata seu protagonista mocinho, G.I. JOE 2 me chocou ao mostrar que não é genérico, mas sim ambiciona algo. 
Claro, ele está longe de ser uma revolução na indústria. Ele segue aos protocolos comerciais para agradar o grande público: o humor moderninho, a trilha sonora intrusiva, glamourização de seus heróis, frases de efeito claramente planejadas e até um exagero quanto o timing da catarse. Mas tudo faz parte. Como disse, não adianta egoísmo, existem tipos e tipos de cinema e você se sairá melhor se entrar em todos eles. Esse tipo de ação trash é muito bem executado aqui. 
A parte técnica é genial - o 3D, por mais que inútil na maior parte do tempo, quando surge colabora perfeitamente com a ação. As cenas de ação são delirantes, muito bem filmadas, um domínio perfeito do visual que combinado com todo o design (os figurinos são descolados demais, isso é inegável) formam cenas impecáveis. Maior prova disso é a sequência toda da batalha nas montanhas - uma das coisas mais geniais que vi nos últimos anos. 
Melhor ainda é ver que se livraram dos atores modinha (tipo o Tattum) pra dar espaço pra gênios do cinema clássico de ação, como Bruce Willis e The Rock. Eles formam grandes personagens (e claro, também tem Adrianne Palicki *_*). 
Todos esses motivos acima já configurariam um ótimo filme. Mas vai além. É a volta do sci-fi político/conspiratório, que não dava as caras já faz um tempo. É preciso perceber, por exemplo, as semelhanças do presidente falso (e do mal) com o governo Bush: invadir outros países atrás de ogivas, mentir, ser corrupto. Tem até uma menção à Fox News (meus olhos brilharam nessa cena!!). Óbvio, é tudo metafórico, mas serve como um belo alerta. 

Resumindo: vá se distrair com G.I. JOE 2 e esteja disposto a ver seu significado e proposta. Cinema de ação é bem mais do que você pensa.

NOTA:

9 Jokers!

Trailer:

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